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Monte Roraima: Expedição completa em 7 dias

Atualizado: 19 de mar.


Expedição Monte Roraima

Localizado no Parque Nacional de Canaima o Monte Roraima é um dos tepuis ou “mesetas” (montanhas com formato de mesa) mais conhecidos do mundo. Essas montanhas são formações geológicas únicas caracterizadas por paredes íngremes e topos planos.


O Monte Roraima possui aproximadamente 2.810m de altitude, feito em roteiros clássicos entre 6 a 8 dias de expedição e neste post vou explicar como é o dia a dia da expedição que eu fiz em 7 dias, desde a saída do Brasil até o retorno.


Se você quer saber mais para se planejar e encontrar diversas respostas para perguntas sobre: onde fica, qual a melhor época do ano para ir, nível de dificuldade, o que levar e outras questões você pode tirar todas as dúvidas neste post sobre o Monte Roraima: tudo o que você precisa saber antes de ir.



A minha expedição foi feita com @roraima.expeditions e se você quer realizar esse trekking incrível aproveita que tem desconto para leitores!


O tempo escolhido para minha expedição foi de 7 dias e 6 noites, sendo 3 noites no cume e 3 noites nos acampamentos prévios antes da subida: Rio Tek, Kukenan e Base. A caminhada diária varia de 4 a 7 horas, dependendo do dia, e a diferença altimétrica total pode chegar a cerca de 1.500m , incluindo as subidas e descidas ao longo da jornada.


É importante lembrar que o roteiro pode ser alterado devido condições climáticas ou outras situações imprevistas. Mas se vale a pena subir o Monte Roraima? Vou deixar você responder assim que terminar de ler esse post!


⚠ Não se esqueça de fazer seu seguro viagem (Cupom SOULAVENTUREIRA5).


Resumo Expedição Monte Roraima
Resumo Expedição Monte Roraima
 

O que você vai encontrar neste post?


 

✔ Roteiro da Expedição: Saída do Brasil


O início da aventura começa em Boa Vista em Roraima, então você pode pegar um voo até Boa Vista e conhecer alguns pontos interessantes por lá antes da expedição iniciar:



Ou ainda, você pode aproveitar a viagem e dar uma passada na Guiana Inglesa, um país vizinho do estado de Roraima, para desbravar algumas cachoeiras:



A saída de Boa Vista para a Expedição do Monte Roraima começa cedo rumo à Santa Elena de Uairén, uma cidade Venezuelana. A agência escolhida te leva de van ou de taxi até a passagem da fronteira, te ajudando na autorização.


Depois de atravessar a fronteira, trocamos para um 4x4 rumo a hospedagem que pernoitamos antes da expedição, de fato, começar. A dica aqui é não ir dormir tarde e conseguir descansar, porque o primeiro dia já começa logo cedo.



✔ Roteiro da Expedição: Dia 1 – 1.270m ➜ 1.040m


Esse é dia que saímos de Santa Helena e pegamos um percurso de 2h a 2h30 em 70km de estrada asfaltada mais 25km de estrada de piçarra até a aldeia indígena de Paraitepuy, o ponto de partida do Trekking do Monte Roraima. Somos recebidos e guias e carregadores são apresentados, fazendo também o último check dos equipamentos e depois começamos a caminhada.


O primeiro dia possui uma caminhada aproximada de 4h/5h com 14km de extensão. Os dois primeiros dias caminhados é de frente para o Monte Roraima e Kukenan, dois tepuis de tirarem o fôlego. Apesar da quilometragem ser elevada, ela não é técnica e o maior desafio é caminhar sob o sol, porque é descampado na maior parte do tempo e atravessar os rios.



O terreno possui leves subidas e descidas, nada com grau de inclinação muito elevado, mas é normal o corpo sentir um pouco nesse primeiro dia. Existe água na maior parte do caminho, então não é necessário caminhar com muito peso.


Vale lembrar da importância de captação e purificação adequada de água na trilha. É muito normal por lá pessoas terem diarreia por não terem tratamento adequado da água local. Os locais consomem a água sem tratamento, devido a adaptação da vivência com eles não acontecem nada, porém para a maioria de nós, é mais provável desencadearmos algo.


Após 12km de caminhada, atravessamos o Rio Tek com aproximadamente 6km de extensão. Os guias auxiliam nesse processo e forma super gentis. Tiramos as botas e colocamos as "meias do sacrifício", que gera uma aderência muito boa nas rochas e ajuda nessa travessia. O rio varia de profundidade, mas, no geral, não é tão fundo. Atravessei com a água batendo nos meus joelhos e nesse momento você percebe como é importante todos seus equipamentos estarem protegidos, porque a mochila pode cair no rio.



Caminhamos mais 2km e chegamos no Rio Kukenan com cerca de 12km de extensão. Esse é mais profundo, atravessei com ele na cintura, e também possui mais pedras, sendo um pouco mais desafiador para atravessar porque a correnteza é mais forte. No meu grupo, os carregadores e guias fizeram quase que uma linha para ir ajudando todos a ultrapassarem. E logo que se atravessa, chegamos ao acampamento Kukenan, o lugar que pernoitamos no primeiro dia de trekking.


Hora de tomar banho no rio, lembrando que tem local específico para banho e coleta d’água. Além disso, só é permitido usar produtos biodegradáveis. O princípio do leave no trace é seguido durante todos os dias.



Depois de tomar banho pode ser aconchegar e descansar até a hora da janta. As refeições são feitas pela equipe de cozinha durante todo o percurso. Eles oferecem café da manhã, lanchinho, almoço, lanchinho da tarde e janta, tudo bem gostoso. Recomendo verificar o que está incluso no seu pacote caso tenha restrições alimentares.


A temperatura da base é bem mais amena que o cume, então é bom para ir se adaptando ao banho e a hora de dormir. Nessas duas primeiras noites, nem cheguei a fechar o saco de dormir, estava bem tranquilo para mim.



✔ Roteiro da Expedição: Dia 2 – 1.040m ➜ 1.870m


O dia começa cedo, tomamos café da manhã e iniciamos a caminhada de 7km até o acampamento base. Nesse dia também percorremos cerca de 4h/5h de trilha. O terreno continua bem similar e ficamos cada vez mais perto do Monte Roraima. Cada um caminha no seu ritmo, porém sempre entre os guias, mesmo se parecer estar sozinho, não está. Recomendo tirar alguns momentos para si próprio durante a caminhada.



Por começarmos cedo, chegamos por volta de 12h, podendo aproveitar e descansar muito no acampamento base. Aqui, chegamos a 1.870m de altitude e já é possível ver tudo que iremos subir no dia seguinte.


É possível explorar os arredores como certos mirantes e também a cachoeira e ainda tem direito a pipoca com chocolate quente. À tarde, vemos o pôr do sol, jantamos e recomendo ir dormir cedo mais uma vez, porque a partir desse ponto a aventura realmente começa.



✔ Roteiro da Expedição: Dia 3 – Base 1.870m ➜ Cume 2.700m


Aqui caminhamos da base do Monte Roraima até o cume, que fica a uma altitude de cerca de 2.700m. A caminhada tem uma duração média de 4/5h e é considerada a parte mais desafiadora da jornada, com trechos íngremes e rochosos. Isso porque possui cerca de 4.5km de subida com um ganho de quase 1.000m de altitude. Isso já mostra como teremos terrenos bem íngremes e diversas escalaminhadas, além do passo das lágrimas. Passamos por trechos descampados, florestas, mais escorregadios e com mais escalaminhadas.



O visual e o caminho durante todo o percurso é muito lindo, porém o primeiro que tirou meu fôlego foi o Paredão. Ele é o primeiro contato direto com o tepuy, com a montanha, e é super sagrado para os povos originários. Quando chegamos, vamos até ele e pedimos licença para entrar na montanha e agradecer pela oportunidade, é uma tradição e ritual feito por todos na expedição. Se você for mais do time holístico, aproveite e converse muito, é um momento único de conexão e de respostas.



Seguimos nossa caminhada com uma energia completamente renovada e já bem próximo ao final, vem o Passo das Lágrimas. É literalmente passar por debaixo de uma cachoeira, onde a base são rochas, então você desce e sobe em um terreno bem escorregadio. A dica é ir com calma, olhar onde está pisando e aproveitar muito o percurso. Nesse momento, recomendam botar capa de chuva ou casaco impermeável, assim como proteção das mochilas. Caso esteja chovendo ou tenha chovido recentemente, o fluxo da água pode estar mais intenso.



Apesar desse dia ser o que as pessoas relataram como o pior, foi um dos dias mais especiais para mim, principalmente o passo. Senti muita aventura, adrenalina, energia sem igual e uma imersão na natureza. Chegar ao topo do Monte Roraima é uma sensação inexplicável e não existem palavras para descrever o lugar, é uma beleza única!



Após a chegada ao cume, ainda é preciso caminhar até o "hotel" que se fica pelas próximas noites, então a quilometragem muda de acordo com o seu. O terreno agora é bem diferente do visto anteriormente, assim como a paisagem. O "hotel" que ficamos foi o São Francisco.



Depois de tomarmos banho e nos organizarmos um pouco, fomos em direção a primeira trilha no cume, o ponto mais alto do tepuy: El Maverik, com seus 2.810m de altitude. A trilha possui aproximadamente 2km desde o hotel São Francisco e demoramos cerca de 1h para atingir seu cume.


O terreno mudou bastante, agora caminhávamos sobre solo rochosso, com várias poças d’água, saliências, subidas e descidas e muitos buracos (fazendo com que pulassemos alguns inclusive).



Os próximos dias no cume são assim, pulos, escalaminhadas, sobe e desce, maioria em rochas e muita beleza. A sensação é de entrar em Pandora e viver uma outra realidade, um outro mundo. Do cume é possível entender um pouco como o Monte Roraima é único com suas formações e espécies únicas. Existem diversas pedras antropomórficas principalmente do lado venezuelano, ou seja, pedras que lembram pessoas ou animais. Algumas vistas nesses dias foram: tartaruga, elefante, escorpião, lobo feroz, índio e cogumelos.



✔ Roteiro da Expedição: Dia 4 – 2.700m


O dia começou com o sol nascendo e um delicioso café da manhã. A alimentação varia conforme os dias, mas algo que vale a pena são as arepas.



Esse foi o dia de conhecer a Tríplice Fronteira, são aproximadamente 18km de trilha com diversos desafios e belezas naturais. Esse é um marco geográfico que indica o ponto onde se encontram as fronteiras da Venezuela, Guiana e o Brasil.



O caminho eu achei mais incrível que o ponto em si, talvez por estar super nublado. Pegamos 1h de chuva que nos fez lembrar da importância de ter uma proteção contra a chuva, vento e a queda de temperatura. Isso pode vir a ser um impeditivo para se completar a aventura.


No caminho avistamos diversas formações super interessantes como o elefante. Passamos pelo coração da montanha, visuais para o Kukenan, cristais por todo caminho, El Fosso (um enorme buraco no topo do tepuy, com mais de 100 metros de profundidade) e diversas cachoeiras que haviam se formado.



No ponto existe uma estrutura em que é possível ver a divisão dos três países e é ali que você consegue ver um pouco do Monte nos três países.



Em frente ao nosso "hotel", tinha uma área muito boa para o banho, a temperatura chega a 8ºC e algumas pessoas preferem não tomar banho. Eu havia feito uma promessa que entraria nessas águas todos os dias e assim eu fiz, parece uma cachoeira bem gelada e cristalina que te renova e tira todas as dores.



✔ Roteiro da Expedição: Dia 5 – 2.700m


Esse foi o meu dia favorito no cume e um dos mais incríveis de toda expedição, passamos por lugares esplendorosos. Lembrando que a organização dos dias e lugares a serem conhecidos depende da previsão do tempo, da quantidade de dias e do ritmo do grupo. Nesse dia foram cerca de 15km caminhado.



A caminhada passou por diversos tipos de terrenos e experiências, sendo os principais:


Valle de los Cristales


São milhares de cristais de quartzo branco, que você vê e alguns você caminha por cima. Lembrando que é proibido levar qualquer coisa do monte. Você pode pegar, sentir a energia e devolver para o mesmo local.



Mirante do Abismo


Desse mirante é possível observar o lado da Guiana no Monte Roraima.


La Ventana


O mirante mais conhecido quando se fala do Monte Roraima e foi um dos lugares mais lindos que já vi na vida. É possível observar muito do tepuy e diversas cachoeiras que foram formadas, reune a imensidão verde da floresta amazônica, junto com os paredões. Esse foi o ponto que me teletransportei para Pandora, meu ponto favorito.


⚠ Importante tomar muito cuidado quando for, pois realmente é precipício e tem que ter muito cuidado.


Mirante do Roraiminha


Desse mirante se observa um pequeno tepuy chamado Roraiminha, com cerca de 2.500m de altitude.



Los Jacuzzis


Existem diversas jacuzzis espalhadas pelo topo do tepuy. As águas podem chegar a 8ºC, mas eu particularmente não queria sair. Essas piscinas naturais são totalmente cristalinas e existem diversos quartzos no seu fundo. Todo o conjunto faz com que reflexos cintilantes em tons de verde e dourado se formem, deixando o lugar mais incrível ainda. No geral não são muito fundas. Meu segundo ponto favorito.


Encuentro de las Catedrales


São formações rochosas que lembram colunas e por isso catedrais. A observação é de longe.



Salto Catedral


É uma cachoeira que podemos acessar. Não havia visto ninguém comentar que poderíamos acessar cachoeiras então foi uma super surpresa.



Canion de los Guacharos e Caverna


Os guacharos são aves que habitam regiões de caverna. É uma fenda enorme que embaixo abriga cavernas, fontes d’água e caminhos que ligam diversos acampamentos. Entramos na caverna e fomos cerca de 150m de profundidade para dentro caminhando no completo escuro. Foi possível observar diversas formações únicas por lá.





✔ Roteiro da Expedição: Dia 6 – 2.700m ➜ 1.100m


Após toda rotina diária, é hora de começar a descida até o acampamento do Rio Tek, são 17km descendo. Certamente é o dia mais cansativo de todos e o que mais exige dos joelhos.



Nesse dia conseguimos passar no Mirador da Entrada, que quando subimos estava nublado e foi uma linda despedida. O acampamento fica em torno de 1.100m de altitude, e é o que possui a maior infraestrutura. A descida até o acampamento base tem que tomar muito cuidado, principalmente no Passo das Lágrimas, por ser escorregadio.



A melhor parte foi já mergulhar e nadar direto na hora de atravessar o último rio e comemorar muito. Noite especial de comemoração e o céu mais estrelado que já havia visto, mas não acabou por aqui.




✔ Roteiro da Expedição: Dia 7 – 1.100m ➜ 1.270m


Último dia de caminhada com 12km até o retorno à aldeia de Paraitepuy. Durante esses 7 dias, tivemos alta exposição solar, então é muito importante se proteger da cabeça aos pés (teve gente que teve queimadura até no dorso das mãos). Algumas dicas são: Chapéu, óculos de sol, protetor solar, blusa e calça de manga comprida e luvas.



Fomos recebidos na aldeia com muita alegria e aqui fica meus agradecimentos aos guias, carregadores e a todos que participaram dessa expedição comigo.


Depois disso é retorno até Santa Elena, almoço e voltar para Boa Vista para absorver tudo que acontece nesses 7 dias de aproximadamente 90km de caminhada.


E se vale a pena subir o Monte Roraima? SEM DÚVIDAS!


 

Informações, lendas e curiosidades do Monte Roraima

  • Topo do Monte Roraima 2.700m

  • Acampamento Base 1.870m

  • Acampamento Kukenan 1.040m

  • Acampamento Rio Tek 1.100m

  • Aldeia de Paraitepuy 1.270m


Lendas e tradições do Monte Roraima


A montanha é um lugar sagrado para muitas tribos indígenas que habitam a região, e é cercada por lendas e mitos que fazem parte da rica tradição cultural desses povos. Os índios Pemón, que habitam as áreas próxima, são um exemplo. Segundo a tradição desses povos, o Monte é a morada dos espíritos e dos deuses, e é um lugar de grande poder e energia espiritual. Acredita-se que a montanha é a origem da vida e do mundo, e que foi ali que os primeiros seres humanos surgiram.


Uma das lendas mais conhecidas sobre o Monte Roraima é a da criação do Salto Angel, a cachoeira mais alta do mundo, localizada nas proximidades. Segundo a lenda, um dos deuses da montanha, conhecido como Kerepakupai-merú, teria criado a cachoeira quando se apaixonou por uma bela índia chamada Waina, que acabou morrendo em seus braços. O deus teria então chorado de tristeza, criando as lágrimas que se transformaram na cachoeira.


Além dessas, existem superstições sobre:

  • Não poder gritar ou falar alto, que vem chuva;

  • Mulher menstruada não poder se banhar, que traz mau agouro;

  • Pedir licença para montanha, se não acontece coisa ruim.


Curiosidades científicas sobre o Monte Roraima

  1. O Monte Roraima é uma das atrações turísticas mais populares da América do Sul, atraindo milhares de visitantes todos os anos que vêm explorar suas paisagens espetaculares e descobrir suas histórias fascinantes.

  2. O Monte Roraima é uma fonte importante de água para as comunidades locais e também desempenha um papel vital na regulação do clima e do ecossistema da região;

  3. A aderência da rocha é excelente mesmo em dias de chuva;

  4. É o lar de várias espécies raras e ameaçadas de extinção, como a orquídea Roraima (Sobralia Roraimae) e a borboleta Morpho Helenor;

  5. O sapinho preto do Monte Roraima só existe lá e ele não pula, simplesmente não se desenvolveu para tal e o melanismo é presente para se proteger da radiação ultravioleta;






1 comentário

1 comentário


Jennifer Oliveira
Jennifer Oliveira
31 de mai. de 2023

Esse é o post mais completo que eu já li sobre a experiência no Monte Roraima, sério! Eu já estava com vontade, agora então eu estou apaixonadaaaa! ♥

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Quem escreve?

Fernanda Diva sorrindo sobre uma montanha de nevada

Fernanda Diva

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Sou montanhista, viajante, cientista, escoteira, nômade digital, criadora de conteúdo outdoor & fundadora da SOUL AVENTUREIRA. Falo aqui sobre trekking, camping, escalada, montanhas, cachoeiras, praias e muita informação sobre o universo outdoor. 
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